quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O jogo da "Laranjinha"



A "Laranjinha", jogo tradicional que foi muito popular em Lisboa, particularmente na primeira metade do Sec.XX, e que depois se estendeu até aos arredores da capital, era, e conserva ainda hoje essa característica genérica, "um jogo de pontaria e destreza exclusivamente masculino (...)", como escreveu, na sua tese de mestrado, Graça Cordeiro; no mesmo texto a antropóloga escreve também "A taberna, muitas vezes associada à carvoaria, era o seu espaço preferencial(...)"... e é precisamente em espaços como esses que encontramos as raízes do jogo em Caneças, exemplificados pela existência, em tempos, de um campo de jogo numa carvoaria, na actual Praça Dr. Manuel de Arriaga, no edificio que hoje é ocupado pela cervejaria "O Manel", e, mais tarde, num outro, ali para as Pedras Altas, sem esquecer outras referências que se perdem no tempo.
Em 1998 a Direcção da S.M.D.C., então presidida por Paulo Fernandes, pegou no desejo antigo de apostar na revitalização do jogo em Caneças, como forma de ampliar a oferta aos sócios e conseguir que estes se aproximassem da colectividade, e decidiu levar por diante a construção das instalações de apoio necessárias para a sua implementação no Campo da Lapa. A construção do campo de jogo tem aliás uma história curiosa porque as tabelas ali colocadas, provenientes então do campo instalado no "Pátio Alfacinha", em Lisboa, haviam já estado em Caneças num outro campo de jogo, para o que, na altura, muito contribuiu a intervenção do sócio Emílio Andrade. Essas tabelas, devido à deterioração provocada pelo uso, foram entretanto substituídas por um outro conjunto.
retirado do site da Soc Musical e Desportiva Caneças.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Jogo de matraquilhos.



De entre os muitos jogos de infância há um que continua a prender a atenção de nvos e velhos. Trata-se do jogo de "matraquilhos" vulgo "matrecos. Pelo que vim a saber atravessou já gerações e continua actual. Resistente inclusive aos jogos de computador.

Quem não se lembra de na sua infância ter jogado "matrecos". Aqui fica a minha singela homenagem ao inventor deste jogo (que alguns, com certeza, o estarão a jogar em férias).

O inventor dos matraquilhos é o galego Alexandre Campos Ramires, conhecido como Alexandre Fisterra.
Nascido na localidade da Costa da Morte em Maio de 1919, onde residiu até aos onze anos, passou à história por ser o inventor dos populares matraquilhos, embora a maioria da Galiza ignore este facto.
O seu activo compromisso com a justiça e a liberdade provocou que boa parte da sua vida a passasse no exílio.Após ser atingido por uma bomba nazi em Madrid em 1936 fica coxo, e é no hospital que inventa, com a ajuda de um carpinteiro basco, um jogo de futebol inspirado no ténis de mesa.O invento foi patenteado em 1937, no entanto perde o papel da patente quando atravessa a pé os Pirinéus.Na década de cinquenta, exilado na Guatemala, começa a produzi-los de maneira industrial. É neste país onde tem a ocasião de meter uns golos a Che Guevara, que conhece por meio da amizade da irmã dele, Hilda Gadea.Numa entrevista recente, este poeta e editor defensor da República afirma que o seu invento é um jogo completo: “não fomenta o autismo como os video jogos; mas a amizade, o companheirismo, a coordenação de movimentos entre a mão direita e a esquerda”.No ano 2004 é homenageado no Porto por altura do Euro, por ser o inventor deste jogo tão apreciado no mundo, conhecido no mundo hispano como futbolín, metegol, canchitas, etc. Em inglês é table football ou foosball; na Itália calcio Balilla e em frança baby-foot. Na nossa língua também existe variedade na designação, no Brasil costuma chamar-se futebol de mesa embora também seja conhecido como totó ou pebolim. Em Portugal o nome comum é matraquilhos ou matrecos, variantes da forma também galega matraquinhos.
retirado de: http://www.matraquilhosesnookers.com

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Largo do Chafariz - Principio do sec. XX


Foto retirada do blog "Postais antigos"