
Uma das “passeatas” que eu mais gostava era ir... à “Carochia”. Este lugar tinha algo de grandioso. Tínhamos de subir “serra acima”... atravessando campos, riachos e fontes. Era o olhar a “perder de vista” e ver os coelhos que a toda a altura corriam na nossa frente assim como perdizes... tordos e outra “passarada” que tal. Aí viviam os avós do meu amigo “Zé Manel”. Lembro-me do “Ti Toino” e da “Ti Joana” que viviam “lá em cima” como que “ermitões” que raramente desciam ao lugar. Tinham vacas e terreno para cultivar tudo o que a “terra dava”. Junto à pequena casa havia um tanque que recebia a água de um nascente que ali rebentara. Esse tanque serviu-nos muitas vezes de “piscina”. A água era fria mas... a vontade de brincar ali dentro fazia esquecer a temperatura da mesma. Só de lá saíamos quando as mãos e os pés estavam “encarquilhados” do frio...
Depois de nos secarmos comíamos pão caseiro com queijo e um copo de leite com café que a avó Joana arranjava. Assim que acabávamos de comer... “ala que se faz tarde” começavam as “explorações” ali junto à Serra da Amoreira. Entre carrascos e silvas saltávamos de pedra em pedra e as aventuras sucediam-se à velocidade da nossa imaginação... e até que a noite se pusesse...
Do “Ti Toino” recordo a satisfação, estampada no seu rosto, de nos ver por ali a brincar. Vejo-o sentado num pequeno “mocho” (banco feito dum tronco de árvore), um pequeno bigode e a fumar o seu “tabaco de onça”... ou então encostado a um pequeno “cajado” a olhar o gado... um alentejano “desterrado” no meio da Serra da Amoreira ... para cá do Tejo ...
Mais tarde, já muito velhote, havia de regressar ao “seu Alentejo” e lá morrer...
Depois de nos secarmos comíamos pão caseiro com queijo e um copo de leite com café que a avó Joana arranjava. Assim que acabávamos de comer... “ala que se faz tarde” começavam as “explorações” ali junto à Serra da Amoreira. Entre carrascos e silvas saltávamos de pedra em pedra e as aventuras sucediam-se à velocidade da nossa imaginação... e até que a noite se pusesse...
Do “Ti Toino” recordo a satisfação, estampada no seu rosto, de nos ver por ali a brincar. Vejo-o sentado num pequeno “mocho” (banco feito dum tronco de árvore), um pequeno bigode e a fumar o seu “tabaco de onça”... ou então encostado a um pequeno “cajado” a olhar o gado... um alentejano “desterrado” no meio da Serra da Amoreira ... para cá do Tejo ...
Mais tarde, já muito velhote, havia de regressar ao “seu Alentejo” e lá morrer...
(Fotos pessoais)

1 comentário:
Já que vim até ao Fundo da Sua Rua...porque não vem até ao Fundo do meu Corredor?
Não sei como vim aqui parar, mas gosto dos seus textos. É recomendavel para quem gosta de leitura e passar um bom bocado=D
abraço e continuação de bom trabalho!
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