sexta-feira, 19 de abril de 2013

Teatro Malaposta - Zarabadim.



ZARABADIM começou por ser uma série de televisão escrita e gravada em 1984.

Nos bastidores de um teatro, um menino e uma menina veem um mágico a ensaiar os seus truques. 
Quando o mágico sai, os dois meninos resolvem entrar no chapéu para verem onde é que nasce a magia. 
É claro que é difícil entrar num chapéu e só o conseguem graças a pozinhos de perlim-pim-pim e à palavra mágica ZARABADIM.
Os dois descem, descem, descem e vão ter ao mundo da magia onde conhecem o  Palhaço, a Bailarina, a Galinha, o  Pinguim e o Livro-que-sabe-tudo.
Com eles, brincando,  vão conhecer as letras, os números, as cores, as palavras, as horas de uma forma divertida e aventurosa. E vão ainda refletir sobre o medo, a pressa e o nascimento porque todo o mergulho na fantasia é também uma forma de renascer para o conhecimento que foi depois a preocupação de outros programas a começar pela própria “Rua Sésamo”.
ZARABADIM, agora no teatro, com texto de José Fanha e música de Carlos Alberto Moniz (autores da série original) pretende celebrar essa série televisiva, trabalhando o seu entrecho de uma forma nova e atualizada, teatral e não televisiva, mas igualmente divertida, num cruzamento de magia e brincadeira.
Os próprios espectadores entram pelo chapéu para a plateia que os leva a assistir à ação que transforma o palco no que será o "fundo do chapéu", o mundo da fantasia, das palavras, das letras. 
O Livro-que-sabe-tudo  procura contar a história original mas é permanentemente interrompido por um sem número de acontecimentos, protestos,  confusões, jogos e brincadeiras onde os outros personagens  cruzam memórias do programa de televisão com novas formas de articular e dar vida aos elementos estruturantes da aprendizagem básica de uma criança; para isso José Fanha e Carlos Alberto Moniz criaram um novo texto e novos arranjos musicais.
Os primeiros personagens são o Livro-que-sabe-tudo e o Palhaço. O primeiro é uma espécie de dicionário, enciclopédia, atlas, livro de histórias ou de antepassado dos computadores, o outro é princípio do brincar como acção que melhor conduz o crescimento da criança.
Segue-se o Pinguim Parafuso Pistarim, o cientista, inventor de todas máquinas, as necessárias que nascem de braço dado come as mais impossíveis e delirantes como a Palavreira que produz palavras novas ou a máquina de passar por dentro.

A Bailarina é a nossa princesa, boneca, artista lírica, pura e ingénua em busca da beleza.

A Galinha é a mãe que põe ovos e dá origem a tudo. A mãe que protege e alimenta. A mãe que protesta e barafusta mas que está sempre disposta a ajudar e a ensinar os filhos no seu crescimento.
ZARABADIM desenrola-se numa estética que vai do trabalho de clown ao teatro musical, passando pela manipulação de marionetas e as sombras chinesas, e parte da ideia de que  conhecer é bom. Conhecer é divertido. Conhecer é uma festa.

E para conhecer temos de começar pelas palavras. Porque é de palavras que se faz o conhecimento.
É com palavras que podemos falar uns com os outros. E connosco próprios.

Também é com palavras que se conta uma história e é com a palavra "ZARABADIM" que os convidamos a entrar neste mundo mágico. 



Ficha Técnica e Artística:
Autoria - JOSÉ FANHA
até ABR 27
TER a SEX – 10H30 e 14H30
[para escolas e grupos, sujeito a marcação prévia]
SÁB – 16H00 | DOM – 11H00
[público em geral]
AUDITÓRIO
6€ [PREÇO ÚNICO] | 60 MINUTOS | M/4

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