(Filme português: Os Saltimbancos)
(Retirado de: http://pauloborges.bloguepessoal.com/)
A
primeira vez que vi um espetáculo circense deveria ter 6 ou 7 anos. Tratou-se
de uma “troupe” de saltimbancos que por ali (Bons-Dias) passou a caminho de
Caneças. Atuaram num largo que ainda hoje existe e bem perto da casa onde
morava e que tinha uma tasca defronte. As imagens que guardo dessa altura... é
a de ver dois ou três “artistas”, já com
os fatos um tanto ou quanto gastos , muito magros e que executaram alguns
números de malabarismo com bolas e com aquela “espécie de garrafas” (soube mais
tarde que se chamavam “massas”). Fizeram também um número de equilibrismo entre
dois deles. Foi mais ou menos isto que me ficou na memória. Isto e no final da “representação”...
Haver um deles que com um chapéu recolheu algumas moedas dadas pela pequena
assistência presente. As suas caras no final ficaram sérias... tal como antes
do espetáculo. E lá partiram, de sacos
às costas, a caminho de Caneças (sinceramente não sei se por aquela altura
haveria alguma festa por lá. Talvez a de São Pedro).
Mais
tarde assisti, já numa tenda de circo, a um espetáculo cuja figura central
era... um burro que adivinhava. O circo
era mesmo muito “pobre”. Recordo-me que o espetáculo foi à noite e que o frio
lá dentro era muito. A tenda foi montada onde hoje é a Rua Alves da Cunha.
Naquela altura era campo e meia dúzia de casas em redor.
Os
circos, por esse tempo, abundavam em qualquer estação do ano. Iam “rodando de
terra em terra” à procura do sustento familiar. Um
exemplo do que eram esses pequenos circos fica patente, com a foto em baixo,
tirada em 1966 junto a uns prédios da Avenida de Roma.
(Foto retirada do Arquivo Fotográfico de Lisboa)
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