terça-feira, 30 de junho de 2015

Ponte da Bica.


Esta foto tem, pela certa, muitos anos. A ausência de casas, a inexistência da ponte e o estado da estrada indiciam que a foto seja dos finais dos anos 50 ou principios dos anos 60.
Por ali passei muitas vezes (há mais de 50 anos) e não me lembro de ver aquele lugar "tão despido" ou então... é a minha memória que "varreu" esta imagem. De qualquer forma grande parte dos pequenos lugares que existiam eram pouco habitados. Os terrenos eram aproveitados para cultivo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

domingo, 14 de junho de 2015

A Volta a Portugal em bicicleta passou por Odivelas.


Na 76ª edição da Volta Portugal em Bicicleta (2014), os ciclistas entraram no concelho pela rua Almirante Gago Coutinho, na Póvoa de Santo Adrião, seguiram pela rua General Alves Roçadas, passando pelo centro da cidade na rua Major Caldas Xavier, onde centenas de odivelenses saudaram os ciclistas naquela que foi a última etapa da prova, com meta final instalada em Lisboa. A vitória na etapa foi do português, Manuel Cardoso, a consagração pela conquista da volta pertenceu ao espanhol Gustavo Veloso.

domingo, 7 de junho de 2015

Quintas... e mais quintas.


A região foi outrora habitada pelos árabes, antes da Reconquista, existindo dados conhecidos sobre a Pontinha apenas a partir do século XIV.
Nos seus primórdios, era apenas aglomerado de muito fraca densidade populacional, banhado pelo rio da Costa que tem a sua nascente no Casal do Castelo. Teria na sua proximidade um cais de embarque –  ’Porto da Paiã’ -, através do qual eram recebidos e escoados os víveres produzidos para o abastecimento de Lisboa, o que na época originou o desenvolvimento da região.
A Pontinha pertenceu ao Concelho de Belém, criado por Decreto de 11 de setembro de 1852, passando em 1886 para o Concelho dos Olivais, o que durou apenas alguns meses, dada a criação do Concelho de Loures em 26 de julho de 1886, delimitado na época com a construção da Estrada Militar ou Fiscal, para mais fácil cobrança de impostos de consumo.
A localidade da Pontinha está ligada às quintas e famílias nobres. Durante os séculos XVII e XVIII prosperaram as quintas e aí se instalaram, sobretudo para fins de veraneio, notáveis famílias da nobreza e representantes do clero.
A Quinta da Pontinha existe, pelo menos, desde 1657. O seu nome foi mudando ao longo dos séculos, de acordo com os seus proprietários.
No início do século XVIII era conhecida por Quinta dos Brasileiros (dado os seus proprietários à época terem enriquecido nessa antiga colónia), e após várias mudanças de propriedade fica conhecida em 1796 por Quinta dos Valadares. Só no século XIX passa a ser conhecida pelo atual nome — Quinta da Pontinha.
Toda esta área estava dividida em quintas e casais, de que perduraram ainda alguns nomes, como Casal do Falcão onde viveu o pintor Vieira Lusitano (1609-1783), Quinta da Paiã, Casal Novo, Casal de Azeitão, Quinta da Pentieira, Quinta do Enforcado e tantas outras.
Os lisboetas dos séculos XVIII e XIX vinham à Paiã, conhecida como um autêntico pulmão, em busca de ar puro. Personalidades e famílias ilustres descansavam aqui da vida citadina, das saídas para os teatros e para as festas da capital. O Marquês de Pombal era um notável frequentador de uma das casas locais, propriedade de um diplomata do Rei da Prússia.
O povoamento, outrora disperso devido à concentração da população nos grandes centros urbanos, tem vindo a ocupar os espaços disponíveis, ligando entre si as várias quintas com as novas urbanizações e bairros de génese ilegal, que entretanto têm vindo a ser regularizados com o esforço das populações e o apoio da administração local.
A 28 de junho de 1971, o Patriarca de Lisboa criou a Paróquia da Pontinha, que assim se destacou da Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus de Odivelas. Todo o passado da vida religiosa da área da Pontinha está ligado à Freguesia de S. Lourenço de Carnide e não a Odivelas — a integração nesta última deveu-se a uma questão meramente administrativa quando, em 1886, se traçaram os novos limites do Concelho de Lisboa.
Esta Paróquia passou a ter sede na Capela da Sagrada Família, que é hoje a Igreja Matriz e onde se podem apreciar os belos vitrais da autoria de Júlio Pomar.

(retirado de: http://jf-pontinhafamoes.pt/pontinha/historia/pontinha/)