terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Carbo Sidral


Sendo um franchising da "Cosco International Inc.", empresa americana fundada em 1881 e sedeada em Chicago, A Carbo Sidral começou por ser produzida pela Siral em Angola, mais propriamente na cidade do Lubango, no final da década de 60. Em Portugal a sua produção teve duas fases uma na década de 70 e outra na década de 80 tendo permanecido em actividade até meados dos anos 90.

A fábrica da Carbo Sidral era em Caneças, junto as bombas de gasolina da "Ti Saloia", onde ainda hoje se pode ver o edifício embora sem o velho cartaz vermelho com letras brancas onde se podia ler "Carbo Sidral".


Este artigo foi retirado, na integra, do “blog” do meu filho:

http://sbemmelembro.blogspot.com/


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Póvoa Santo Adrião - Um pouco de história.


A arqueologia nesta freguesia demonstra que o seu povoamento começou desde bem cedo.
Na estação paleolítica de Casal do Monte, foram recolhidos inúmeros vestígios de povos que aqui chegaram há milhares de anos.
Póvoa de Loures foi o seu primeiro nome, por ser anexa da freguesia de Loures. Na monografia intitulada “Contributos para a história da Póvoa de Santo Adrião”, editada pela Junta de Freguesia, diz João Augusto de Matos Rodrigues, que a povoação passou a ter o nome do seu orago e se chamava Santo Adrião da Póvoa, quando se separou de Loures.
Póvoa de Loures, Santo Adrião da Póvoa e Póvoa de Santo Adrião, são nomes que esta povoação usou, até hoje.
O lugar de Santo Adrião da Póvoa de Loures era uma pequena aldeia de fundação recente. O próprio nome de póvoa, reflecte a sua origem: grupos urbanos, nascidos à sombra dos forais, outorgados pelos reis ou por entidades sucedâneas da Coroa, e não como erradamente se lhe atribui o sentido de póvoa em relação ao mar/rio.
Esta povoação foi-se afirmando, embora lentamente, com a Estrada Real e o rio Trancão. Situada em plena Várzea, atravessada por esteiros e pela ribeira, via passar, diariamente, até ao século XIX, os batéis que aportavam no seu cais, para embarque e desembarque. A riqueza do solo desenvolveu a produção agrícola nas hortas e numerosas quintas, das quais restam alguns vestígios e memórias. Da Quinta dos Sete Castelos existe ainda a casa residencial, no núcleo antigo, próximo da Igreja Matriz. Ao longo da estrada Nacional n.º 8, entre a Póvoa e Frielas, os campos da Várzea não são adequados à construção urbana, pelo que continuam terrenos de reserva agrícola.
Pedro Alexandrino(1729-1810), a quem se deve a decoração de muitas igrejas e palácios reconstruídos, depois do grande sismo de 1755, vivem longos aqui, numa quinta de que era proprietário, conhecida pela designação de Quinta do Pintor, a qual se situava numa zona próxima do ponto onde a Rua Luís de Camões entronca, na Estrada
Nacional n.º 8. Mais tarde, passou a ser conhecida por Quinta da Penha, por ser propriedade de um tal Francisco de Almeida Penha. Hoje é difícil definir-lhe os limites, pois toda aquela área foi ocupada pela construção urbana e industrial mas, uma vez que alguns autores afirmam que era próxima do Chafariz, admitimos que era aqui, a referida quinta, pois foi ali que esteve o Chafariz d’El-Rei, inicialmente.
Além destas, fala-se, ainda, das Quintas do Bom Sucesso, de Santo António das Areias, do Trinité, do Mineiro, das Flores e, ainda, do Casal das Botelhas.
À beira da Estrada Nacional n.º 8, no Largo Major Rosa Bastos, fica a Igreja da Póvoa de Santo Adrião, monumento nacional, pelo Decreto-Lei n.º 251, de 3 de Junho de 1970. É de salientar que o portal manuelino tinha já sido classificado, em 10 de Julho de 1922.
A construção da igreja, provavelmente entre 1546 e 1560, reflecte o aumento da população do lugar, uma vez que a Igreja vivia dos contributos da comunidade.
Quanto à sua evolução administrativa, a freguesia é formada em meados do séc. XVI, com o nome de Póvoa de Loures. Em 1852, fazia parte do Concelho dos Olivais, e era designada por Póvoa de Santo Adrião, ou lugar de Santo Adrião.
Em 3 de Julho de 1986 é elevada à categoria de vila.
O seu orago é Santo Adrião.
Bibliografia: "Odivelas Uma Viagem ao Passado" de Maria Máxima Vaz
Retirado de:
http://www.cm-odivelas.pt/Freguesias/PovoaSantoAdriao/Historia.htm

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

largo principal - Largo Dr. M. Arriaga

Foto retirada de: Arquivo Fotográfico Distrital de Lisboa

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Caneças - "aldeia" saloia.



Foto retirada de: Arquivo Fotográfico Distrital de Lisboa

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cheias Novembro de 1967



(Fotos do Arquivo Fotográfico Distrital Lisboa)
Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1967, em pouco mais de 12 horas, a região de Lisboa era atingida por fortes chuvas, que viriam a originar uma das maiores calamidades que se abateram sobre esta área.
A subida das águas foi de tal maneira forte e rápida, que ribeiras e esgotos ficaram sem qualquer capacidade para as escoar.
A chuva atingiu entre as 19h00 e a meia-noite do dia 25 de Novembro as zonas baixas dos quatro concelhos da Grande Lisboa (Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer), mas só na manhã seguinte é que os portugueses se depararam com a verdadeira dimensão da tragédia.
As cheias arrastaram carros, árvores, animais e destruíram pontes, casas e estradas. Prédios destruídos, condutas rebentadas, avenidas transformadas em rios foram algumas das consequências das cheias que fizeram com que a região da Grande Lisboa ficasse irreconhecível. As comunicações foram interrompidas e os transportes públicos ficaram paralisados.
Urmeira, Póvoa de Santo Adrião, Frielas - povoações da bacia do rio Trancão -, e a Quinta dos Silvados, em Odivelas, foram os aglomerados urbanos mais atingidos. As casas eram de madeira e centenas de moradores foram engolidos pelas águas.
No dia seguinte, os meios de socorro revelaram-se incapazes de prestar o apoio às populações atingidas. Testemunhos da época apontam a falta de eficácia do socorro aos sobreviventes e a tentativa do regime de Salazar de impedir que a opinião pública se apercebesse da dimensão real da tragédia.
Os dados oficiais controlados pela censura apontaram para 250 vítimas mortais. Só após a Revolução de Abril é que os especialistas procuraram repor a verdade dos números. O rigor nunca será alcançado, mas estima-se que mais de 700 pessoas tenham morrido durante as inundações e cerca de 1100 tenham ficado desalojados em Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer.
As cheias denunciaram a pobreza em que as populações da Grande Lisboa viviam: a maioria das vítimas habitava em barracas construídas nos leitos de cheias.
Perceber que o regime escondia a gravidade da situação, para além de não conseguir auxiliar devidamente os sobreviventes, conduziu a que muitos estudantes das associações académicas a colocarem-se em campo, ajudando as vítimas.
Foi o despertar político de muitos estudantes. Como recorda Mariano Gago "(... ) com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração."
Durante os dias a seguir às inundações, as redacções dos jornais receberam telegramas e telefonemas com orientações sobre o que se deveria escrever: qualquer referência ao movimento de solidariedade dos estudantes universitários de Lisboa seria, por exemplo, riscado pelo lápis azul da censura.
O regime salazarista tentou minimizar os impactos das chuvas, mas as suas repercussões atravessaram fronteiras e desencadearam um movimento de solidariedade internacional. Chegaram donativos dos governos britânico e italiano, do Principado do Mónaco e até o chefe do Estado francês, o general De Gaulle, contribuiu com uma "dádiva pessoal" de 30 mil francos (900 euros, no câmbio da época). O apoio em meios sanitários veio de França, Suíça e sobretudo de Espanha, que ofereceu mil doses de vacina contra a febre tifóide.
Retirado de: http://pt-pt.facebook.com/note.php?note_id=125628876192

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quinta da Memória

(Quinta da Memória - actual Paços do Concelho Odivelas)
A Quinta da Memória, também conhecida por Casa do Arcebispo, é um dos monumentos arquitectónicos cujo estado e função actuais definem toda a linha orientadora do executivo para a requalificação/reabilitação e dotação de qualidade de vida para o concelho de Odivelas.
Esta quinta, cujas referências históricas permitem-nos viajar até aos séculos XVII e XVIII está intimamente ligada a um homem, D. Rodrigo de Moura Teles, figura notável da Igreja Católica neste período e que desempenhou vários cargos, dos quais se destacam ter sido membro do Conselho de Estado dos reis D. Pedro II e D. João V, tal como foi Arcebispo de Braga. A sua presença ainda é bem visível neste edifício, quer seja no brasão que encima o portão da entrada principal, representativo das armas que o identificavam e que resistiu aos tempos até aos dias de hoje, quer seja pela traça da construção representada nas janelas setecentistas que ainda hoje são uma evidência da Quinta da Memória.
Hoje em dia a Quinta da Memória que deve o seu nome à proximidade física do Memorial de Odivelas recuperou a sua dignidade, após muitos anos de abandono. Aliás os registos históricos pouco revelam sobre quem ocupou esta construção da arquitectura solarenga do proto-barroco português e a propriedade que em tempos se estendia por Odivelas, está hoje reduzida devido à pressão urbanística que caracterizou este território no século XX.
Com a instalação dos Paços do Concelho neste edifício, a Câmara de Odivelas reabilitou um espaço degradado e dotou-o de novas funções, devolvendo a Quinta da Memória a todos os habitantes do Concelho. Hoje em dia é um espaço público - o primeiro de um projecto de reabilitação global do núcleo histórico de Odivelas - e é nele que está instalado o Gabinete da Presidência, tal como a Assembleia Municipal, o Salão Nobre, um auditório, sala de exposições e é aqui que se faz, de igual modo, o atendimento de Relações Públicas.


(Quinta da Memória - antes das obras)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quinta de Nª Sra. do Monte do Carmo.

(foto do Arquivo (Fotográfico) Distrital de Lisboa)

Situada no núcleo histórico da cidade de Odivelas, próxima do Convento de São Dinis – actual Instituto de Odivelas –, foi adquirida, no último quartel do século XIX, por um beirão, José Rodrigues Mendes.
A neta do proprietário, Luísa Vilarinho, (d)escreve como era Uma Casa de Férias em Finais do Séc. XIX(SPB Editores e Livreiros, Lda., 1998), através de uma “viagem” pelo interior da casa: desde a capela em honra de Nossa Senhora do Monte do Carmo, passando pelas salas de estar (a sala rosa, onde a proprietária despachava a correspondência; a sala do piano; a sala azul, que acolhia as visitas; a sala Bordallo, pela colecção ali existente), até à copa e à cozinha.
Por toda a extensão da quinta surgiam as nascentes, os pomares, o jardim que fazia ligação às capoeiras, o mirante do lago, onde as crianças da quinta brincavam. Os tempos mudaram e os lugares também – hoje o local é ocupado por uma pista de desportos radicais e pela Piscina Municipal.
Após um incêndio em 1992, o edifício é recuperado pela Câmara Municipal de Loures, com o intuito de o transformar num espaço público de cultura e educação. Assim, a 22 de Novembro de 1997, é inaugurada a Biblioteca.
A partir de Setembro de 1999, passa a fazer parte do património cultural do Município de Odivelas.
Situa-se no núcleo histórico da Cidade de Odivelas, próxima do Mosteiro de S. Dinis - actual Instituto de Odivelas.
Integra desde Fevereiro de 2000, a Rede de Leitura Pública.
Tem uma área útil de 1620 m2, e conta com vários espaços, cada um com uma funcionalidade específica dirigida a públicos distintos.
Os utilizadores desta Biblioteca encontram aqui um lugar agradável e calmo, onde podem visitar exposições, usufruir das salas de leitura e dos programas de animação cultural de promoção do livro, realizados diariamente pelo grupo de animação residente.
Esta jovem e moderna Biblioteca defende os seguintes objectivos:
- Promover e desenvolver hábitos de leitura apoiados em projectos de animação cultural diversificados, tendo em consideração o perfil dos utilizadores;
- Satisfazer as necessidades e expectativas dos utilizadores tendo em vista a optimização dos recursos de informação e comunicação;
- Proporcionar o acesso ao conhecimento e à informação através de colecções diversificadas e actualizadas.


(foto retirada de: http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=8291c9f2-fdff-4518-a2cf-bd1911f381ca)