domingo, 22 de julho de 2012

Breve Historial do Teatro na Sociedade Musical e Desportiva de Caneças.

As manifestações recreativas ligadas ao Teatro constituem um marco importante na vida da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças.

Grupos de Teatro, com os seus ensaiadores, faziam as delícias das assistências. Jovens Canecences de diferentes épocas mantiveram vivo o gosto e o empenho pela dramatização.

Reconhecido o seu valor, percorriam os arredores da freguesia preenchendo o programa de outras Sociedade Recreativas.

A actividade teatral parece ter tido uma aceitação muito grande junto da população de Caneças e os primeiros registos apontam para 1922 a primeira actuação de um grupo de teatro na localidade, muito antes da fundação da "Casa da Sociedade" em 1944.

As Sedes provisórias da colectividade acompanharam a actividade dos grupos de teatro e um dos primeiros locais de ensaio e representação de peças de teatro foi a antiga "Casa do Magalhães", hoje ocupada pelo restaurante "O Cartaxeiro". Posteriormente viria a acontecer o mesmo no "Manuel Nunes" e, mais tarde, na "Casa do Trenas".

A vontade de todos quantos participavam na actividade teatral permitiu comtemplar o seu público com representações de peças que se dividiam em quatro géneros: drama, comédia, opereta e revista.

Entre as várias peças representadas, destacam-se, na comédia "o copo do Paulino", "Casamento por anúncio", "O criado destraído" e "Baptizado em Caneças". Na revista salientam-se duas peças "Caneças que bela que tu és" e "Caneças à Papo-seco".

Graças à dedicação dos "Amadores de Teatro", actores e ensaiadores, foi possível manter o teatro na Sociedade Musical de Caneças. O empenho de todos os intervenientes quer nos ensaios das peças quer na aquisição de todo o material necessário e a execução de cenários, alargava-se aos grupos musicais da Sociedade, à Banda e ao grupo de Jazz "Orquestra Ideal". Alguns dos músicos dedicavam-se a compor as músicas para as peças e colaboravam na apresentação das mesmas.

Durante a década de setenta, o teatro viveu um período critico, em parte motivado pela situação politica e socioeconómica que atravessava o País e que culminou com um tempo de paragem, depois de algumas "visitas" das autoridades policiais à sede da colectividade para observar o trabalho desenvolvido.

O teatro reaparece no final daquela década pela mão de um grupo de jovens, sob a designação "Casanova". Durante esse período, entre algumas tentativas falhadas, foram apresentados os trabalhos "O Marido de Duas Mulheres" e a peça infantil "Zé Pimpão, João Mandão e os Sapatos Feitos à Mão". Esta última passou por alguns palcos do Concelho de Loures e arredores, no âmbito de um programa específico do FAOJ. Na altura, entre outros, era ensaiador o saudoso Alfredo Paisana, figura emblemática da Colectividade.

Em 1987 o "T.A.C.-Teatro Amador de Caneças", uma remanescência do grupo anterior, reanimou a vontade de voltar a fazer teatro em Caneças. Nesse ano, foi necessário reorganizar a actividade teatral com apelo à participação de pessoas para o grupo.
Com o objectivo de reiniciar esta manifestação cultural, o T.A.C. levou à cena a comédia "O copo do Paulino" que havia sido exibida pela primeira vez na S.M.D.Caneças no ano de 1961. De seguida foi apresentada a peça infantil "Gertrudes, a maquineta maravilha", exibida em várias localidades do Concelho de Loures, no âmbito do programa "Jornadas de Teatro" da iniciativa da autarquia. Em 1989 o T.A.C. exibiu ainda "Uma chávena de chá", por ocasião do aniversário da colectividade. O grupo interrompeu a sua actividade em Agosto do mesmo ano

O ano de 2000, marcou uma nova etapa na vida desta colectividade com o aparecimento do "Artecanes Teatro".

Retirado de: http://www.sociedademusical.com/actividades/teatro/historia



Um grupo de teatro "Artecanes", representou ontem em frente ao Mosteiro de Odivelas, um pouco daquilo que foi a vida de D. Dinis e o Milagre das Rosas, atribuído à Rainha Santa Isabel (2011).

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