quarta-feira, 20 de maio de 2009

Memorial de Odivelas (II)


O “Memorial” de Odivelas, como outros existentes no país, estão quase semmpre relacionados com actos fúnebres, por vezes de uma forma permanente por se lhe atribuirem funções tumulares, outra, com carácter transitório para poiso ou paragem de féretros antes de atingirem o seu destino.
No caso particular de Odivelas a maioria dos autores opinavam que terá servido apenas como poiso ou paragem de actos fúnebres, mas nunca surgiu a hipótese tumular.
Contudo as opiniões são divergentes entre as duas suposições.
A primeira é a de que o monumento é do século XV e que teria servido na transladação do rei D. Diniz, falecido em Santarém a 7 de Jabeiro de 1325 e que dali viria com destino ao mausoléu que na igreja do Convento de Odivelas o aguardava para a deposição do seu corpo. O monumento continuou a memoriar esse facto.
A segunda suposição diz que terá servido na transladação do corpo de D. João I falecido em 25 de Outubro de 1443 e que de Lisboa transitou para o Mosteiro da Batalha. O monumento teria sido erguido nessa época.
Em defesa da segunda suposição os autores baseiam-se em pormenores da arquitectura, no grande número de castelos – 13 – que guarnece o escudo real e na cruz floreteada que encima o monumento identificando-a com a Cruz da Ordem de Aviz, de que D. João I era Mestre.


IN: "O Memorial" - Junta de Freguesia de Odivelas 1997 - pagina 6.


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