terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Castro da Amoreira. (I)


Descoberto pelo Prof. Joaquim Fontes entre 1910 e 1912 o qual recolheu na estação proto-histórica da Serra da Amoreira materiais do Paleolítico Inferior (Mustierense). Entre 1912 e 1915 o Prof. Vergilio Correia, ao fazer investigações no local, recolheu peças do mesmo período. O Arqueólogo/Geólogo Veiga Ferreira menciona a descoberta de um fragmento de cerâmica do tipo 'campaniforme' da Época do Cobre.
Em Janeiro de 1983, o estudante Carlos Valverde, ao recolher terra para vasos pôs a descoberto ocasionalmente um machado polido que mostrou ao seu professor de história e aos colegas de turma. Entre os colegas encontrava-se uma funcionária da Câmara de Loures que comunicou o achado ao Dr. João Ludgero. Tal descoberta serviu de base para uma pequena exploração efectuada em Julho de 1985, que veio a revelar fragmentos de cerâmica manual encontrados junto ao depósito de água, no topo da Serra da Amoreira exactamente no mesmo local do achado do machado.
No ano de 1985, aquando da inauguração do Museu Municipal de Loures a família Valverde cedeu o referido machado para ser exposto na área de arqueologia, este permaneceu no museu até 1986.
Em 1986 foi efectuada uma prospecção pelo Prof. Gustavo Marques e os seus acompanhantes, que veio revelar novas cerâmicas do mesmo período e resíduos de fabrico de instrumentos de silex.
Através do estudo de todos os artefactos até então descobertos Dr. Gustavo Marques concluiu que a estação da Serra da Amoreira estaria compreendida na Época do Ferro, no seu período inicial (Cultura de Alpiarça)em 1987 Dr. Gustavo Marques escreveu um trabalho sobre a estação da Serra da Amoreira "Aspectos da Proto-História do Território Português III- Castelo da Amoreira" (Odivelas, Loures), nele apresentou um breve catálogo de todo o espolio encontrado que compreendia objectos ou fragmentos que iam desde o período Paleolítico, Neolítico e Alpiarça.
Após todos estes acontecimentos que comprovavam o interesse histórico do local e após insistência das entidades governamentais da região o IPPAR (Instituto Português do Património Arqueológico e Arquitectónico) procedeu à escavação do local e ao estudo dos muros envolventes. Durante os trabalhos, foram descobertos mais dois fragmentos de cerâmica do tipo alpiarça.
O Castro Amoreirense pertencerá à época do Ferro sec.V a.C. de acordo com o estudo das muralhas, de uma via alpiarça e dos restos arquitectónicos descobertos.
Assim o Castro da Amoreira terá sido um acampamento acastelado, conforme testemunham as muralhas existentes, de onde a população agrícola era protegida e vigiada e onde se refugiavam em tempo de perigo. Deste modo o local apresenta uma grande importância estratégica.

Retirado de: http://www.odivelas.com/patrimonio/castro_amoreira.htm


A estação arqueológica da Serra da Amoreira situa-se no topo desta serra, ocupando uma posição estratégica. Essa situação terá sido relevante em alguns momentos da História das populações do actual território de Odivelas.
Os estudos ali realizados verificaram e recolheram vestígios das ocupações humanas do Neolítico final, Calcolítico final, Bronze final e Idade do Ferro.
Em 1997, através do Decreto n.º 67/ 97, o sítio da Serra da Amoreira é classificado pelo Ministério da Cultura como imóvel de Valor Concelhio.
Retirado de:
Fotos retiradas do site CMOdivelas

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